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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Simplemente...

Chamemos-lhe João simplesmente, Tão simples como o nome, assim é o Homem de quem vos vou falar…. João vivia algures perto de uma cidade á beira-mar plantada “Figueira da Foz”, que visitava regularmente, pois toda aquela imensidão de água o acalmava, deixava a sua inquietude ir com as ondas, deixava sua alma livre, limpa e com um gosto tremendo de viver. João apenas sonhava e tinha como objectivo principal, ser feliz, já contava com 31 anos de idade e inúmeras experiências no seu currículo de vida, não se arrependera de nada do que estava para trás, pois tudo o que tinha feito mal ou bem, o ensinou a ser um homem especial, por vezes frio, cauteloso, desinteressado por absurdidades que lhe surgiam no dia á dia. Não gostava de gente mesquinha, mentirosa, intriguista, narcisista, ambiciosa, estúpida, invejosa, enfim gente desinteressante, que é o que de mais há neste mundo hoje em dia…
João era romântico, sim muito romântico mesmo, não o demonstrando a maior parte das vezes…, o pior é que o romantismo foi ao extremo por alguém que se desinteressou por ele sabe-se lá porquê, deixou-o de rastos sim é verdade, João nessa altura tinha perdido todo o interesse pela vida, toda a coragem para voltar a enfrentar o mundo lá fora, e o romantismo foi-se desvanecendo, tornou-se num ser frio, servindo essa frieza de escudo, para não voltar a cair, tendo em mente a velha profecia, “quero não AMAR para não voltar a cair”. Pois não iria ter a mesma forma de estar. João sonhava agora em encontrar alguém, que o fizesse esquecer tudo o que se tinha passado, andando pelas ruas aos caídos, ainda que tivesse uma vida aparentemente normal, não tinha, pois a sua alma estava vazia, ferida, sangrava a cada dia que passava, a sua mente apenas tinha uma visão, inútil porém, mas era em quem ela se focava.
João ao mesmo tempo só pensava em recuperar, em voltar a ser o homem feliz, imaginativo, de bem com a vida intocável até ao sentimento de infortúnio, mas não conseguia, passavam anos atrás de anos e a vida de João continuava com o mesmo rumo, ou melhor sem ele.
A espera incessante que as coisas voltassem atrás, e que a felicidade voltasse, estava a deixar João desesperado, procurou de tudo, para tentar esquecer, houve quem também o tentasse ajudar, houve também quem tentasse pôr João ainda mais para baixo, ficou tudo registado no caderno de memórias de João. Dia após dia e as coisas continuavam na mesma, a subida daquela calçada para o seu trabalho, deixava João coberto de felicidade mas depressa caia novamente na desgraça, quando a não avistava ficava desiludido, furioso para o resto do dia, mas quando a via as pernas tremiam, as palavras não saiam, os olhos lacrimejavam e dizia um simples “Olá tudo bem”, ao qual ela respondia, “Sim tudo bem e contigo?” e a conversa não ia mais longe que isto, pois ela cortava a conversa, não deixava que João falasse, pois ele também pouco conseguia dizer ...
Por agora vamos ficar aqui com a história de João que irá ter muito mais que contar abraços a todos os que têm a paciência de ler este Blog.